O mundo islâmico e a comunidade LGBTQIA+ estão em choque após o assassinato de Muhsin Hendricks, de 58 anos, considerado o primeiro imã do mundo a se declarar gay. O crime ocorreu no último sábado (15) na África do Sul, e grupos de direitos humanos apontam que o motivo pode ter sido ódio.
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De acordo com testemunhas ouvidas pela polícia local, Hendricks viajava em um T-Roc dourado rumo a uma mesquita que servia de refúgio para pessoas LGBTQIA+ muçulmanas marginalizadas. Durante o trajeto, nas proximidades de Gqeberha, uma Hilux prata interceptou o veículo. Dois homens encapuzados desceram da caminhonete e começaram a disparar contra o carro onde estava Hendricks. Após os tiros, fugiram sem levar nada.
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O motorista do imã informou à polícia que ele estava no banco de trás e morreu ainda no local. Imagens de câmeras de segurança que circulam nas redes sociais registraram o momento do ataque. No vídeo, é possível ver um dos atiradores mirando na parte traseira do carro, onde Hendricks estava.
O imã ganhou projeção internacional em 1996 ao se tornar o primeiro líder religioso islâmico a se declarar publicamente gay. Sua coragem e determinação em promover a inclusão e o respeito às minorias sexualmente marginalizadas dentro da comunidade muçulmana o tornaram uma figura respeitada e admirada em muitos lugares do mundo.
A polícia local está investigando o crime, e grupos de direitos humanos estão pedindo que as autoridades tomem medidas para garantir a segurança e a proteção das minorias LGBTQIA+ na África do Sul. O assassinato de Muhsin Hendricks é um lembrete trágico da violência e do ódio que muitas pessoas ainda enfrentam devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero.
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