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China executa banqueiro acusado de corrupção e bigamia

Lai Xiaomin ex-presidente do China Huarong Asset Management (Foto: Central China Television)
Lai Xiaomin ex-presidente do China Huarong Asset Management (Foto: Central China Television)

Lai Xiaomin, ex-executivo de um dos maiores conglomerados financeiros da China, foi executado nessa sexta-feira (29) após ser condenado à pena de morte por corrupção e bigamia, no que é considerado pela imprensa local como o “maior caso de corrupção financeira” da história recente do país. Xiaomin já havia sido expulso do partido Comunista Chinês, em 2018.

No início de 2020, a emissora estatal CCTV publicou uma confissão de Xiaomin, mostrando uma enorme quantidade de dinheiro guardado em cofres e armários de um apartamento em Pequim. Na ocasião, o condenado, que já foi um dos homens mais poderosos do país, confessou que “não gastou nada do dinheiro guardado porque faltou-lhe coragem”.

Um breve comunicado foi publicado pelo Diário do Povo oficial, declarando que Xiaomin foi executado “de acordo com os procedimentos legais e com a aprovação do Supremo Tribunal Popular da China”.

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As investigações demonstraram que entre os anos 2008 e 2018, o ex-banqueiro recebeu propinas no valor de mais de 1,788 bilhões de yuans (aproximadamente um bilhão e quatrocentos e sessenta e oito milhões de reais), período em que também foi um dos principais líderes da Comissão Reguladora de Bancos da China (CBRC).

Para este tipo de corrupção, as sentenças de morte na China têm sido cada vez menos adotadas, e geralmente são acompanhadas do instrumento jurídico conhecido como “prorrogação de dois anos”, o que significa não execução do condenado, a menos que repita seus crimes nos dois anos seguintes ao da pena, geralmente reduzida à prisão perpétua.

No entanto, no caso de Xiaomin, seu status como alto funcionário em vários órgãos públicos e a “extrema gravidade” de seus crimes, segundo o tribunal, atuaram contra ele.

O ex-banqueiro é descrito pelo tribunal como “anárquico e extremamente ganancioso”. Seus pertences incluíam um grande número de propriedades, relógios de luxo, automóveis, ouro e coleções de arte.

Xiaomin sucumbiu à intensa campanha anticorrupção iniciada por Xi Jinping – presidente chinês, contra membros do Partido Comunista Chinês. Segundo cálculos do próprio governo, mais de 1,5 milhão de membros do PCC já foram punidos desde 2012.

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