- De acordo com Diego Santana, professor do Inbio e coordenador do Mapinguari, a espécie identificada, Leptophis mystacinus, possui um padrão de coloração vibrante, com duas faixas verdes dorsolaterais separadas por uma linha vertebral amarela, o que a diferencia de outras cobras do gênero. (Foto: UFMS)
- A cobra-papagaio recebe esse nome devido à faixa pré-ocular preta que se estende de um olho ao outro. (Foto: UFMS)
- Além disso, sua morfologia também apresenta diferenças significativas, especialmente no hemipênis — órgão copulador dos machos. (Foto: Unsplash)
- As cobras-papagaios são animais diurnos e arborícolas, preferindo viver em árvores e se destacando como predadoras ágeis de pequenos vertebrados. (Foto: Unsplash)
- A identificação da nova espécie foi possível graças aos estudos do professor Nelson Rufino, especialista no gênero Leptophis. (Foto: Unsplash)
Uma nova espécie de cobra-papagaio foi descoberta no Cerrado brasileiro por pesquisadores do Mapinguari – Laboratório de Biogeografia e História Natural de Anfíbios e Répteis do Instituto de Biociências (Inbio) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
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De acordo com Diego Santana, professor do Inbio e coordenador do Mapinguari, a espécie identificada, Leptophis mystacinus, possui um padrão de coloração vibrante, com duas faixas verdes dorsolaterais separadas por uma linha vertebral amarela, o que a diferencia de outras cobras do gênero.
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A cobra-papagaio recebe esse nome devido à faixa pré-ocular preta que se estende de um olho ao outro. No caso da Leptophis mystacinus, essa característica se destaca por não estar restrita aos olhos, mas se prolongar por todo o corpo. Além disso, sua morfologia também apresenta diferenças significativas, especialmente no hemipênis — órgão copulador dos machos.
As cobras-papagaios são animais diurnos e arborícolas, preferindo viver em árvores e se destacando como predadoras ágeis de pequenos vertebrados.
A identificação da nova espécie foi possível graças aos estudos do professor Nelson Rufino, especialista no gênero Leptophis. “Em 2023, enquanto estava como professor visitante nos Estados Unidos, conversei com o professor Nelson, que mencionou um bicho diferente no Cerrado que ele havia encontrado em sua tese, mas ainda sem muitas evidências para descrevê-lo”, relembra Santana.
Encontrada no Cerrado — um bioma brasileiro sob ameaça —, a nova espécie apresenta uma relação evolutiva com a Leptophis dibernardoi, encontrada na Caatinga. Os pesquisadores perceberam que ambas compartilham uma conexão evolutiva entre espécies. “Isso é bem comum para vários répteis”, explica Santana, “pois o Cerrado e a Caatinga compartilham um histórico evolutivo similar.”
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