Secretário do Lula critica mudanças na Meta e acusa alinhamento com extrema-direita (Foto: Reprodução: Globo News / Instagram)
A Meta anunciou na terça-feira (7) que está encerrando o seu programa de verificação de fatos para adotar as “notas de comunidade”, um recurso similar ao implementado pela plataforma X, de Elon Musk.
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Com isso, o anúncio da mudança foi feito pelo próprio presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, em uma publicação no Instagram.
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O fim do sistema de checagem de fatos da Meta terá início nos EUA, afirmou Joel Kaplan, vice-presidente de assuntos globais da empresa, em comunicado.
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A saber, o mecanismo que a Meta adotará é semelhante ao utilizado pelo X. Nesse sistema, a moderação de conteúdo é realizada pelos próprios usuários, que podem adicionar notas explicativas às publicações.
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O objetivo delas é fornecer contexto adicional, especialmente em casos de conteúdo enganoso ou potencialmente polêmico.
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“Agora, nosso foco será em filtros para combater violações legais e de alta gravidade. Para casos de menor gravidade, iremos depender de denúncias, antes de tomarmos qualquer ação”, afirmou Zuckerberg no vídeo.
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“Isso significa que identificaremos menos conteúdos problemáticos, mas também reduziremos a remoção acidental de postagens e contas de pessoas inocentes”, completou.
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De acordo com ele, os filtros de verificação serão ajustados e aprimorados para se tornarem mais eficientes e precisos na análise antes de decidir pela remoção de um conteúdo.
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Sem explicar os motivos, Zuckerberg acrescentou que a equipe de “confiança, segurança e moderação de conteúdo” será transferida para a Califórnia, enquanto a revisão dos conteúdos postados nos EUA será centralizada no Texas (EUA).
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Dona do Instagram e Facebook encerrará checagem de fatos.
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João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação do governo Lula, se manifestou nesta terça-feira (07), sobre as recentes mudanças anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em relação ao tratamento de conteúdos nas plataformas Instagram e Facebook. Em uma publicação no Instagram, ele criticou as mudanças, afirmando que elas enfraquecem a proteção de direitos individuais e coletivos.
Brant afirmou que, com as novas medidas, a Meta passará a dar “total peso à liberdade de expressão individual”, mas em detrimento da proteção de direitos. Ele acusou a empresa de abrir espaço para “ativismo da extrema-direita”. Além disso, o secretário mencionou que a postura de Zuckerberg demonstra uma aliança da Meta com o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo o secretário, esse alinhamento com Trump visa “enfrentar União Europeia, Brasil e outros países que buscam proteger direitos no ambiente online”. Brant também comentou sobre uma declaração de Zuckerberg, na qual o CEO da Meta afirma que tribunais secretos na América Latina estariam “ordenando a remoção silenciosa de conteúdos”.
Para Brant, essa fala de Zuckerberg é uma crítica indireta ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente após os recentes embates jurídicos entre a justiça brasileira e ElonMusk, proprietário do X. “É uma declaração fortíssima, que se refere ao STF como ‘corte secreta’, ataca os checadores de fatos (dizendo que eles ‘mais destruíram do que construíram confiança’) e questiona o viés da própria equipe de ‘trust and safety’ da Meta”, disse o secretário.