No primeiro depoimento do acordo de colaboração premiada, Mauro Cid afirmou que Jair Bolsonaro (PL), acreditava ser possível encontrar alguma fraude no sistema de votação nos seus últimos dias como presidente da República. O ex-presidente, porém, não conseguiu provar nada.
De acordo com o relato de Mauro, Bolsonaro, no período em que se recolheu ao Palácio do Alvorada após a derrota no 2º turno para Lula (PT), trabalhava com duas hipóteses: “A primeira seria encontrar uma fraude nas eleições e a outra, por meio do grupo radical, encontrar uma forma de convencer as Forças Armadas a aderir a um Golpe de Estado.“, declarou logo a princípio o ex-ajudante de ordens.
Bolsonaro, “tinha certeza que encontraria uma fraude nas urnas eletrônicas” e, por isso, “precisava de um clamor popular para reverter a narrativa“, disse Cid na sequência. Na época, bolsonaristas estavam acampados em frente a unidades militares espalhadas pelo Brasil. Posteriormente, parte destes apoiadores partiram para as depredações dos prédios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.
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Ainda segundo Mauro, quem atualizava Bolsonaro com notícias sobre os manifestantes era o ex-ministro da Casa Civil e seu vice na chapa presidencial, o general Braga Netto. Este, inclusive, foi preso em dezembro de 2024 pela Polícia Federal (PF). A ausência de provas sobre as fraudes, disse Cid, foi um dos motivos que levaram parte dos comandantes das Forças a não apoiar Bolsonaro e seus aliados mais radicais que defendiam um golpe militar.
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