A bala que matou Ryan da Silva Andrade, de 4 anos, na noite de terça-feira (5), em Santos, litoral de São Paulo, provavelmente partiu de uma arma de um policial militar, afirmou o coronel Emerson Massera, porta-voz da PM de São Paulo, durante entrevista coletiva. A criança foi atingida durante uma operação policial no Morro do São Bento.
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De acordo com Massera, o disparo pode ter ocorrido devido à dinâmica do confronto, e a conclusão definitiva dependerá do confronto balístico e da perícia. O projétil ficou alojado e os exames vão confirmar a origem do disparo. “Pelo cenário e pela forma como os fatos ocorreram, é possível que o disparo tenha partido de um policial”, disse o coronel.
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Além de Ryan, outros dois adolescentes, de 17 e 15 anos, também foram baleados, sendo que o mais velho não resistiu aos ferimentos. A criança foi socorrida e levada à Santa Casa, mas não sobreviveu.
Durante a operação, a PM realizava patrulhamento na região quando foi surpreendida por disparos de criminosos. A corporação então pediu apoio da Força Tática, e um novo confronto se seguiu. Moradores do Morro do São Bento negaram a versão da PM, afirmando que só houve disparos por parte dos policiais.
Nenhum dos sete policiais envolvidos na ação se feriu, mas todos foram afastados enquanto o caso é investigado. Massera afirmou que os policiais não são culpados pela morte de Ryan, mas vítimas de um ataque criminoso.
A Prefeitura de Santos informou que o Samu foi acionado, mas a criança já havia sido levada ao hospital, e a ambulância socorreu os dois adolescentes baleados. A Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte da criança e anunciou que uma investigação foi aberta para apurar os fatos.
Além disso, a história do menino ganha uma tragédia adicional, pois seu pai, Leonel Andrade Santos, foi morto por PMs no mesmo bairro durante uma ação em fevereiro. Leonel, que tinha deficiência na perna, foi morto com tiros de fuzil pela PM. A família de Ryan revelou que ele, ao longo dos meses, repetia que queria morrer para reencontrar seu pai.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia Seccional de Santos.
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