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GOLPE DE ESTADO: Além de Bolsonaro, saiba quem é o padre que está entre os 37 indiciados pela PF

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Entre os indiciados está o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que teria participado de uma reunião sobre o golpe com Bolsonaro.

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Quem é o padre José Eduardo?

José Eduardo, natural de Piracicaba (SP), é sacerdote da Diocese de Osasco (SP) desde 2006 e atualmente é pároco da Paróquia São Domingos, em Carapicuíba (SP). Conhecido por suas palestras sobre temas como gênero, aborto e defesa da família, ganhou notoriedade em 2017 por declarações polêmicas nas redes sociais.

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O sacerdote possui 424 mil seguidores nas redes sociais e 136 mil inscritos em seu canal no YouTube, onde publica conteúdos teológicos. Doutor em Teologia Moral pela Universidade da Santa Cruz, em Roma, ele também oferece cursos religiosos, com valores que ultrapassam R$ 800 por ano.

Em fevereiro de 2024, José Eduardo foi alvo de busca e apreensão realizada pela PF, que investiga sua participação no núcleo jurídico do esquema golpista. De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o grupo elaborava minutas de decretos que poderiam fundamentar um golpe de Estado.

A investigação revelou que o padre participou de uma reunião no Palácio do Planalto, em 19 de novembro de 2022, ao lado de Filipi Martins e Amauri Feres Saad, ambos também indiciados. Documentos e equipamentos apreendidos na ocasião indicam vínculos do sacerdote com pessoas e empresas investigadas por disseminação de notícias falsas.

Defesa de José Eduardo

A defesa do padre criticou o indiciamento e alegou abuso por parte da PF. Segundo os advogados, a quebra do sigilo das investigações, decretado por Moraes, foi uma violação grave.

“Menos de sete dias após prestar depoimento à Polícia Federal, meu cliente foi indiciado, em uma clara violação ao sigilo das investigações e às garantias de confidencialidade de suas comunicações religiosas”, afirmou a defesa.

Os 37 indiciados são acusados pelos crimes de:

Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Golpe de Estado;
Organização criminosa.

Veja a lista completa dos indiciados

Ailton Gonçalves Moraes Barros
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
Alexandre Rodrigues Ramagem
Almir Garnier Santos
Amauri Feres Saad
Anderson Gustavo Torres
Anderson Lima de Moura
Angelo Martins Denicoli
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Bernardo Romão Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Carlos Giovani Delevati Pasini
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
Fabrício Moreira de Bastos
Filipe Garcia Martins
Fernando Cerimedo
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques de Almeida
Hélio Ferreira Lima
Jair Messias Bolsonaro
José Eduardo de Oliveira e Silva
Laercio Vergilio
Marcelo Bormevet
Marcelo Costa Câmara
Mario Fernandes
Mauro Cesar Barbosa Cid
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Rafael Martins de Oliveira
Ronald Ferreira de Araújo Júnior
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz
Valdemar Costa Neto
Walter Souza Braga Netto
Wladimir Matos Soares

As investigações continuam em andamento, e a atuação de cada indiciado será analisada no processo judicial.

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