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Homem que teve órgão genital cortado pela mulher ganha direito de visitá-la na prisão em SP

Gilberto Nogueira de Oliveira, motorista de aplicativo de 40 anos, recebeu autorização judicial para visitar sua esposa, Daiane dos Santos Faria, de 34 anos, que está cumprindo pena na Penitenciária de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo.

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Daiane foi condenada a 4 anos, 8 meses e 20 dias de prisão em regime fechado por ter mutilado o marido, cortando seu orgão íntimo com uma navalha, em um crime que ocorreu em dezembro de 2023, em Atibaia, após descobrir uma traição.

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Após o ato de mutilação, Daiane descartou o órgão na privada e deu descarga, impossibilitando qualquer tentativa de reimplante. Apesar da gravidade do crime, Gilberto afirmou ter perdoado a esposa.

O casal retomou o contato durante o encarceramento de Daiane e, eventualmente, reatou o relacionamento. A defesa da mulher chegou a utilizar o perdão do marido como argumento para solicitar sua liberdade provisória, mas o pedido foi negado pela Justiça.

A visita de Gilberto, no entanto, tem restrições. Ele não poderá levar para a penitenciária um objeto íntimo que pretendia usar. A direção do presídio temia que o item pudesse ser utilizado por ele em um ato de vingança contra Daiane, colocando sua vida em risco.

Essa medida de precaução se justifica diante de casos anteriores de violência contra mulheres no sistema prisional paulista. Um exemplo é o caso de Wellys Lopes Ribeiro, que, em 2022, enforcou sua esposa, Patrícia Lopes Ribeiro, durante uma visita íntima na Penitenciária I Nestor Canoa, em Mirandópolis. Wellys confessou ter cometido o crime por ciúmes, afirmando que estava sendo traído. Ele, que já tinha uma condenação por tráfico de drogas, agora responde também por feminicídio.

Relembre o caso

Em seu interrogatório, ela afirmou que iniciou o planejamento do crime assim que descobriu que o marido havia transado com a sobrinha dele, de 15 anos, em sua cama, no dia do seu aniversário.

Após alguns dias, ela decidiu comprar uma lingerie nova e levou a vítima para cama, imobilizou os braços dele na cabeceira, pegou uma navalha usada para fazer sobrancelhas e amputou o orgão íntimo de Gilberto. No momento do crime, ela falou a Gilberto que estava fazendo aquilo para nunca mais ser traída.

Na sequência, Daiane tirou uma foto do orgão íntimo amputado do marido e postou no grupo da família dele no WhatsApp e, posteriormente, jogou o órgão genital na privada.

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