O Colégio Militar Dom Pedro II preparou um documento proibindo que duas pessoas do mesmo gênero formem par na hora de dançar quadrilha nas festas juninas deste ano. A ação foi vista como discriminação por estudantes, que denunciaram a iniciativa à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).
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No documento, o colégio destaca a importância das festividades para valorizar a cultura e a tradição. Na parte “atribuições dos coordenadores”, o texto orienta que, em caso de desigualdade de gênero em uma turma, seja realizada uma coreografia solo para apresentação.
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“Não será autorizada dança com alunos do mesmo gênero”, indica o documento. “Atentar se na turma tiver casais do mesmo gênero fazer dança com coreografia solo na encenação”, conclui.
O documento também estabelece diretrizes de horários, vestimentas e temáticas que devem ser abordadas pelos alunos dos 1º, 2º e 3º anos.
O coordenador do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da DPDF, Ronan Figueiredo, destacou que houve ação semelhante em anos anteriores. De acordo com ele, a defensoria deve expedir uma recomendação ao colégio na próxima semana, questionando a atitude.
O Colégio Militar Dom Pedro II é uma escola pública gerida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, e os alunos podem ingressar na instituição por meio de provas seletivas.
Nesta quarta (5), a corporação se manifestou pedindo mais tempo para a resposta e pontuou que aguardava “as informações pertinentes”, mas até a publicação deste texto não havia emitido nenhum parecer. O espaço segue aberto para possíveis posicionamentos.
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