A CPI do Congresso, instalada em março de 2023, foi composta por representantes da base e da oposição, com a relatoria ficando com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). (Foto: Metrópoles)
A CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), instalada em abril de 2023, foi composta apenas por deputados distritais, com a relatoria ficando com o deputado distrital Hermeto (MDB). (Foto: Metrópoles)
Nesta última quinta-feira (11), a Polícia Federal (PF deflagrou na 11° fase da Operação Lesa Pátria, na qual tem o objetivo de identificar as pessoas que financiaram os atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro, em Brasília (Foto: Agência Brasil)
O Exército avisou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), dos atos de 08 de janeiro na Câmara Legislativa do DF (CLDF), que não apoiará o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de Bolsonaro (PL), foi convocado para depoimento na semana passada, mas segue preso por suspeita de fraudes nos cartões de vacina (Foto: Agência Brasil)
Quanto ao mérito, eles também não identificaram elementos suficientes para incriminar as pessoas detidas no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em 9 de janeiro. (Foto: Agência Brasil)
Bolsonaro teria negado também que tenha participado, apoiado ou orientado os atos golpistas, contra o Estado de Direito, que vieram das manifestações antidemocráticas em 08 de janeiro (Foto: Agência Brasil)
Presidente Lula afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi responsável pelos atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro (Foto: Agência Brasil)
Nesta quarta-feira (26), novamente o ex-presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), volta a ser ouvido pela segunda vez, em menos de um mês, para se explicar. Quando retornou ao Brasil, Bolsonaro prestou depoimento no dia 05 de abril, sobre a entrada de joias ilegais no país, dadas pelo governo Saudita. Desta vez, o ex-mandatário irá se explicar no âmbito de inquérito, no qual é investigado por incitação ao crime, e autor do atos antidemocráticos que ocorreram no dia 08 de janeiro (Foto: Agência Brasil)
Nesta terça-feira (25), o Supremo Tribunal Federal (STF), iniciará o julgamento em plenário virtual, de mais de 200 denúncias feitas pela Procuradoria- Geral da República (PGR), contra os supostos apoiadores e incitadores dos atos do dia 08 de janeiro (Foto: Agência Brasil)
No dia 08 de janeiro deste ano, aconteceu a invasão e depredação nos prédios dos Três Poderes, em Brasília (DF) (Foto: Agência Brasil)
A operação foi feita pelos policiais civis nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco (Foto: Agência Brasil)
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), negou o pedido da Câmara, de enviar as imagens gravadas pelas câmeras do Planalto, sobre a invasão no dia 08 de janeiro (Foto: Agência Brasil)
A permanência do general no cargo, foi questionada após a repercussão dada pela CNN Brasil mostrar nesta quarta-feira, imagens de Dias andando juntamente com os golpistas no dia que invadiram o prédio dos Três Poderes no dia 08 de janeiro deste ano (Foto: Agência Brasil)
O Ministério Público Federal já denunciou 1.390 investigados, sendo 239 apontados como executores, 1.150 como incitadores e um policial legislativo acusado de omissão ante a depredação das sedes dos Três Poderes realizada no dia 8 de janeiro. (Foto: Agência Brasil)
Nesta semana o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu a ordem de coleta de saliva, digitais e fotos dos presos nos atos radicais de 8 de janeiro em Brasília. (Foto: Agência Brasil)
Nesta terça-feira (25), após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réus os 100 primeiros denunciados pelos atos do dia 8 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, enquanto relator dos inquéritos sobre o ocorrido, votou para mais 200 acusados se tornem réus. (Foto: Agência Brasil)
Nesta quinta-feira (30), Jair Bolsonaro (PL) voltou ao Brasil e, em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, falou sobre os ataques que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro. (Foto: Agência Brasil)
A ex-primeira dama estava no Brasil desde 26 de janeiro e se reunirá brevemente com o marido para uma temporada juntos. (Foto: Agência Brasil)
Nesta segunda-feira (13), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou mais 130 pessoas presas pelos atos do dia 8 de janeiro. (Foto: Agência Brasil)
Os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), levaram à instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar os responsáveis pelos eventos.
A CPI do Congresso, instalada em março de 2023, foi composta por representantes da base e da oposição, com a relatoria ficando com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). A CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), instalada em abril de 2023, foi composta apenas por deputados distritais, com a relatoria ficando com o deputado distrital Hermeto (MDB).
Apesar de algumas semelhanças, as duas comissões tiveram conclusões distintas.
Semelhanças:
Ambas as comissões ouviram figuras políticas conhecidas e muitos militares, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias; o ex-ministro de Jair Bolsonaro Anderson Torres, à época dos ataques secretário de Segurança Pública do DF; e o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime.
Ambas as comissões livraram o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias. No relatório da CPI da Câmara Legislativa, G. Dias chegou a ser citado no relatório final, mas, no momento de votar o documento, ele foi excluído.
Diferenças:
A CPI do Congresso propôs o indiciamento no relatório final de 61 pessoas, sendo 27 militares. A CPI da CLDF votou um relatório que pedia o indiciamento de 133 nomes, mas apenas dois deles militares.
A diferença do desfecho se deve em especial à figura que relatava a comissão no Distrito Federal: o deputado distrital Hermeto (MDB), subtenente da Polícia Militar.
As conclusões distintas das duas comissões refletem as diferentes visões políticas dos parlamentares que as compuseram. A CPI do Congresso, composta por representantes da base e da oposição, foi mais incisiva em apontar responsáveis pelos atos golpistas. A CPI da CLDF, composta apenas por deputados distritais, foi mais branda em suas conclusões.
Acusados:
A CPI do Congresso propôs o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro; de cinco ex-ministros, incluindo o general Braga Netto; do ex-ministro da Casa Civil general Luiz Eduardo Ramos; do ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira; do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos; e do ex-comandante do Exército general Freire Gomes.
A CPI da CLDF propôs o indiciamento de Fernando de Souza Oliveira, que era secretário interino da pasta de Segurança Pública do DF durante os ataques, quando Anderson Torres (que chegou a ser preso por determinação de Moraes) viajava de férias. Torres não entrou no rol de pedidos de indiciamentos da comissão da CLDF, apesar de ter sido ouvido pelos deputados distritais.
Próximos passos:
Os indiciamentos das duas CPIs ainda precisam ser analisados pelo Ministério Público Federal (MPF). Se o MPF acatar os pedidos, os indiciados poderão ser denunciados à Justiça, que decidirá se eles devem ser ou não processados.