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Lula assume a presidência do G20 com três focos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume na próxima quinta-feira (8) a presidência do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo em Nova Déli, na Índia. A ocasião marca a primeira vez que o Brasil ocupa o cargo.

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À frente do foro internacional, Lula deve pautar ações usando como fio condutor três eixos principais, caros à diplomacia do governo petista: proteção à Floresta Amazônica e contenção das mudanças climáticas; combate à fome e desigualdade; e nova governança global, com reformas em organismos multilaterais.

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Desafios

De acordo com o site Metrópoles, o protagonismo brasileiro em vários foros internacionais, vale lembrar que o Brasil também ocupa a presidência do Mercosul, bloco com Argentina, Paraguai e Uruguai; sediou a Cúpula da Amazônia e é peça-chave em ações regionais na América do Sul, contribuirá com o avanço em pautas propostas pelo atual governo.

No entanto, as agendas esbarram nos desafios impostos por orientações políticas e engajamento de lideranças de outros países, que atuam conforme as próprias prioridades.

Demandas

Os três principais temas na agenda brasileira convergem para o fim da desigualdade – não apenas financeira e de acessos, mas também sobre a responsabilização pelas mudanças climáticas, e por mais equidade nos debates internacionais entre países.

Reforma da ONU

Exemplo disso também é a reforma do Conselho de Segurança da ONU, demanda defendida pelo presidente Lula, com ainda mais afinco, neste terceiro mandato. Segundo especialistas, trata-se de um processo “discreto, absoluto, que depende da vontade dos Estados que o constituem”.

“Não se vê, no horizonte, consenso dos países que detêm o poder de veto no sentido de realizar essa reforma. Interessa-lhes preservar a organização como está, mesmo anacrônica e carente de representatividade.”

Governança global

A proposta de mudança no espaço de caráter decisório da ONU dialoga com o conceito de nova governança global, reiterado em diversas ocasiões por Lula, como parte da retórica diplomática brasileira.

O conceito representa a busca por organismos multilaterais mais equilibrados e inclusivos, em especial pela integração do chamado Sul Global. Ou seja, uma reforma do contexto global marcado pela hegemonia dos Estados Unidos e da Europa Ocidental.

Brics

A liderança brasileira no G20 se ampara na expansão do Brics – anteriormente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, que ampliará o peso do Sul Global na agenda diplomática ao incluir seis novos membros: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia.

Avanço

A participação do Brasil no G20 é uma oportunidade para o país avançar em agendas importantes para o seu desenvolvimento e o da comunidade internacional. No entanto, o sucesso das ações depende de um alinhamento entre os interesses brasileiros e as prioridades dos demais países do grupo.

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