Uma família está vivendo momentos de angústia após a descoberta de um erro médico grave que colocou em risco a vida de um bebê de apenas um ano e seis meses.
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A criança precisará passar por uma delicada cirurgia no coração devido a um fio metálico esquecido por um médico durante uma internação ocorrida há nove meses no Hospital da Cassems, em Três Lagoas, interior do Mato Grosso do Sul.
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A situação veio à tona na última quarta-feira (7), quando os pais da criança o levaram ao hospital após suspeitarem que ele havia engolido uma pilha. No entanto, um raio-X revelou que o objeto não estava no sistema digestivo da criança, mas um elemento metálico foi identificado no peito do menino. Uma tomografia confirmou que se tratava de um fio guia de cateter venoso, deixado no corpo da criança durante uma internação anterior.
O objeto foi esquecido no coração há quase nove meses, quando o bebê passou por duas internações devido a infecções graves no ouvido. Durante o procedimento de cateterismo central no pescoço da criança, o fio guia do cateter foi acidentalmente deixado no organismo do bebê.
Desde então, o bebê apresentava sinais de desconforto, como agitação, dificuldades para dormir e pneumonias recorrentes, mas os pais nunca imaginaram que esses sintomas poderiam estar ligados a um erro médico.
Após a descoberta, o filho foi transferido para Hospital da Cassems de Campo Grande, onde passou por um cateterismo na sexta-feira (9) para tentar remover o fio metálico. No entanto, a tentativa falhou, pois o objeto estava fortemente aderido à parede interna do coração. Os médicos decidiram que a única opção seria uma cirurgia de peito aberto, marcada para terça-feira (13).
A mãe do bebê expressou sua revolta e preocupação com o erro médico, afirmando que “a gente sabe que foi um milagre termos descoberto isso antes que algo pior acontecesse. Mas é revoltante pensar que tudo isso poderia ter sido evitado se o médico tivesse feito o trabalho com responsabilidade”. A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria da Cassems, que informou que não comenta quadros de pacientes atendidos em suas unidades, seguindo resoluções e normativas éticas.
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