
Foi após recorrentes episódios de ansiedade, tristeza e pânico que Talytha Pugliesi, de 39 anos, passou a perceber que algo não andava bem com sua saúde mental.
Em 2010, buscou auxílio psiquiátrico e foi assim que recebeu o diagnóstico: depressão.
“No início, pensava que era algo passageiro, uma tristeza que demorava a ir embora, mas procurei ouvir os sinais que meu corpo dava. É como um processo de despertar”, afirma. Em 2018, após um luto, a depressão se agravou.
O quadro não é raro: segundo dados do IBGE, aproximadamente 17 milhões de brasileiros lidam com a doença e, desde o início da pandemia, a tendência de crescimento vem se acentuando.
Nascida em São Paulo, Talytha Pugliesi construiu carreira de prestígio na moda: foi eleita pelo ranking-referência Models.com – espécie de bíblia do segmento – como uma das 20 top models mais poderosas do planeta e despontou entre as top 5 brasileiras do mercado mundial.
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Morou em Paris por mais de doze anos, em Nova Iorque, além de ter viajado para mais de 100 cidades em 40 diferentes países, onde desfilou e posou para campanhas de algumas das mais prestigiadas grifes do mundo: Dolce & Gabbana, Gucci, Yves Saint Laurent, Louis Vuitton, Versace, Armani, Givenchy, Chanel e Christian Dior são apenas algumas, dentre outras infindáveis.
“A depressão não escolhe idade, biotipo, situação profissional ou qualquer outro pré-requisito”, avalia.
E foi assim que Talytha passou a informar-se mais sobre a doença que teria que lidar dali em diante – e todos os possíveis aliados na constante jornada em busca da cura:
“Tomo os remédios prescritos pelo médico que acompanha meu caso, o que é essencial no processo, além de psicanálise semanal, mas mesmo assim ainda havia um espaço que eu precisava preencher dentro de mim”, relembra.
Curiosa e com grande apreço por tratamentos naturais, decidiu que era o momento de aprofundar-se em estudos sobre terapias alternativas:
“Sempre tive um lado místico, passei a fazer uso terapêutico da cannabis, e também fui estudar sobre terapias holísticas, como reiki, aromaterapia e tudo que pudesse elevar meu nível de bem-estar e me tornar emocionalmente e fisicamente mais saudável”, afirma.

Foi assim que Talytha encontrou, na reconexão com a natureza, um poderoso aliado para enfrentar a depressão: “grande parte da cura está na natureza, nos saberes ancestrais trazidos para o autocuidado do dia a dia”, diz.
Desde 2019, embrenhou-se em estudos de matérias-primas naturais, casados com o desejo de proporcionar bem-estar. A empreitada deu certo: “passei a fazer alguns itens caseiros com óleos essenciais e vegetais, como velas aromáticas, banhos e tudo que pudesse despertar uma melhora no meu campo energético”, revela.
Os itens para uso pessoal acabaram caindo no gosto de amigos próximos: “eles iam em casa, provavam meus óleos essenciais, banhos, velas e tudo que eu fazia, e sentiam uma profunda positividade e melhora em sintomas como stress e tristeza”, relembra.
O que era uma busca por evolução pessoal, acabou virando um inevitável bom-negócio: “resolvi compartilhar aquilo que me fazia bem, com outras pessoas que também pudessem se beneficiar”.
Foi assim que Talytha lançou a “Santa Cianita”, compondo produtos artesanais voltados ao bem-estar. Usando ingredientes naturais – como tinturas botânicas, alecrim, limão siciliano, tangerina, lavanda, capim limão, tea tree, entre outros – e fez virar febre suas linhas de perfumes terapêuticos feitos com óleos essenciais em roll-on, além dos banhos, velas aromáticas, sprays energéticos, dentre outros produtos: “cada um busca estimular diferentes sensações”.
As diversas combinações deram vida a interessantes linhas, que despertam unânimes necessidades: “Calmaria”, “Alegria”, “Amor”, “Luz” e “Relaxa” são algumas delas.
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