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Brasileiros são os que mais procuram a traição, aponta pesquisa

Além da economia e saúde, a pandemia do coronavírus também causou um impacto claro nos relacionamentos. Sendo obrigados a passar dias inteiros com seus parceiros – 53% estão passando mais tempo com o cônjuge do que antes – muitos se viram imersos em uma convivência não tão agradável, e procuraram por uma válvula de escape. Seja no Brasil, nos Estados Unidos ou no Canadá, vários casais viveram situações parecidas.

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Para entender melhor a influência do vírus na vida amorosa de indivíduos de todos os cantos, a plataforma online para relacionamentos extraconjugais, Ashley Madison, desenvolveu o relatório “Amor além do isolamento”. Por meio dele foi possível mapear não só razões que levam à traição, como também entender mais profundamente porquê a quarentena se mostra um período especial para prática.

Só no Brasil, por exemplo, desde 1º de janeiro do ano passado, a plataforma registrou 1,3 milhão de novos membros, com uma média de cerca de 35 mil inscritos por semana. E a procura por um caso continuou crescendo: no mês de agosto, brasileiros iniciaram mais de 18,6 mil novos casos no Ashley Madison. De acordo com os últimos dados do site, o Brasil é líder no ranking dos 20 países com mais inscritos entre 1º de janeiro e 28 de setembro, per capita.

Ao contrário do que se pensa, passar mais tempo dentro de casa não é sinônimo de mais sexo. É fácil achar que, preso e com pouco a fazer, o casal aproveitaria o momento. Mas não é isso que mostram os dados da pesquisa. De acordo com o relatório, cerca de 75% dos amantes estão fazendo menos ou nenhum sexo com o cônjuge. Desses, 39% até tentaram reverter a situação e conversar sobre o assunto, mas sem sucesso.

Como consequência, a falta de sexo se mostrou um dos principais combustíveis para traição. 25% dos entrevistados revelaram que esse é, especificamente, o aspecto mais difícil da quarentena — mais ainda do que não ver os amigos ou a família (23%).

“Pesquisando bastante, encontrei na Ashley Madison muito sigilo e pessoas que pensam igual a mim. Nos primeiros meses da pandemia não senti muita falta de sexo, porque estava com muito medo e apreensiva em pegar o vírus. Mas, depois de um tempo, comecei a ter crises de ansiedade por ficar isolada. Meu marido e eu estávamos trabalhando em home office porém brigando muito dentro de casa. Comecei a me sentir sozinha e sentir falta de contato físico, de sexo”, conta uma membra brasileira, de 30 anos.

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