A cantora e pastora Baby do Brasil se defendeu nas redes sociais, nesta sexta-feira (14), alegando que foi mal interpretada durante o culto na balada D-Edge, em São Paulo, na segunda (10), e que “jamais defenderia abusadores”.
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Com isso, durante uma oração, a artista pediu que vítimas de abuso íntimo perdoassem os seus agressores.
“Perdoa tudo o que tiver no seu coração nesse lugar, perdoa. Se teve abuso íntimo, perdoa. Se foi na família, perdoa. Se é briga de família, mãe, filho, pai, perdoa”, disse na ocasião.
A declaração foi alvo de muitas críticas nas redes sociais. Internautas acusaram a fala de incentivar o silêncio das vítimas e a impunidade dos abusadores.
Baby do Brasil explicou no vídeo, publicado no Instagram, que decidiu gravá-lo após a repercussão negativa do discurso.
“Creio que ficou bem claro, que o perdão a que me refiro não inocenta ninguém do seu erro, nem da impunidade, nem isenta de justiça qualquer tipo de crime. É claro que eu jamais defenderia abusadores de qualquer espécie, pois eu sou contra qualquer tipo de abuso!”, declarou.
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“Agora todos podem comprovar pela minha própria boca, sobre o que eu disse em um culto, a respeito do perdão espiritual e profundo, que nos liberta dos gatilhos emocionais e traumas, que carregamos por consequência dos mesmos. Culto esse aberto para todas as pessoas que foram buscar o amor de Deus”, complementou.
Responsável pela organização do culto, o DJ e dono da boate, Renato Ratier, classificou a fala da Baby do Brasil como “infeliz”. O combinado com a cantora é que ela participaria somente do louvor com o pocket show de rock, e não da pregação.
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) também acionou na quarta-feira (12) o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra a cantora, solicitando uma investigação.
Na representação, a parlamentar justifica que o discurso “ultrapassa os limites da liberdade religiosa e de expressão” e “incita conduta que pode resultar na impunidade de crimes graves, favorecendo abusadores e desconsiderando o impacto psicológico e físico das violências sofridas pelas vítimas”.
Procurado, o MP-SP informou que a representação está sendo analisada pela promotoria de Justiça de Direitos Humanos da Capital.
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