Shantal detalha violência obstétrica e desabafa: “Doeu tanto”

Nesta semana, Shantal Verdelho, de 34 anos, concedeu uma entrevista ao podcast “Mil e Uma Tretas”, no YouTube. No bate-papo, a influenciadora digital relembrou o episódio de violência obstétrica sofrida durante o parto de sua segunda filha, em 2021. Durante a conversa, a criadora de conteúdos também contou detalhes da agressão que ela narrou ter sido praticada pelo médico Renato Kalil.

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Shantal relembra parto da segunda filha e atitude de médico

Logo a princípio, Shantal disse que Renato fez uma manobra, que é proibida pelo Ministério da Saúde: “A minha filha só nasceu depois que o médico parou de apertar minha barriga, e eu fiquei pedindo isso durante o parto. Estava doendo tanto que quando ele apertava, em vez de eu fazer a força para a bebê nascer, fazia força contrária para empurrar a mão dele, para não machucar ela [a criança].“, disse.

Esposa de Mateus Verdelho detalha violência obstétrica: “O parto inteiro me xingando”

Em seguida, a esposa de Mateus Verdelho também contou que Kalil queria fazer episiotomia, que é um corte feito nas partes íntimas no final do parto, quando a cabeça do bebê está saindo. Ela afirmou que o médico insistiu no procedimento, mesmo após ela ter dito, durante as consultas de pré-natal que não queria: “Chegou à sala de parto e ele [falou:] ‘Pega o material para fazer episiotomia’. E eu: ‘Não, não… lembra que falei que não quero?’ E ele começou [a ficar] revoltado comigo, olhava para meu marido e falava: ‘Como assim ela não vai fazer episiotomia?’. Como se [o meu marido] mandasse no meu corpo.“, relembrou.

Por fim, Shantal afirmou que teve a parte íntima “rasgada” pelo doutor: “Ele [Renato] passou o parto inteiro me xingando, dizendo que só faltava episiotomia para nascer e é aí quando ele me rasga com a mão, que é outra violência… Não precisa ficar abrindo as partes íntimas da mulh3r enquanto está parindo. [mas] ele passou o meu trabalho [de parto] o tempo todo ali de uma forma horrível de ver.“, desabafou ela.

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O Superior Tribunal de Justiça encerrou investigações contra o profissional, que não foi considerado culpado. Em decisão proferida em agosto de 2024, a maioria dos ministros entendeu que não ficou comprovado que o médico tenha violado os princípios éticos ou atuado em desacordo com a boa prática médica no parto da criadora de conteúdos.