Simone de Moraes, uma bancária de São Paulo, enfrentou um turbilhão de emoções ao descobrir que estava grávida de quadrigêmeos, um evento extremamente raro que ocorre em uma a cada 700 mil mulheres. Em entrevista exclusiva à CRESCER, ela compartilha sua jornada desde a descoberta da gravidez até o nascimento dos bebês.
A notícia de uma nova gravidez foi um choque para Simone, que na época lidava com a ansiedade e tinha um filho de apenas 11 meses. Ela e seu marido, Ricardo Zafalão, já estavam satisfeitos com seus dois filhos, Isabela, de 4 anos e 5 meses, e Murilo, de 1 ano e 8 meses. A ideia de colocar um DIU para evitar uma nova gestação havia sido considerada, mas o dispositivo não foi implantado a tempo.
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Os sinais iniciais de gravidez para Simone foram o aumento do apetite e a sonolência. “Tinha repetido a janta e acabei dormindo no chão da sala”, relembra. Quando o teste de gravidez confirmou a notícia, ela ficou devastada, especialmente com a ideia de começar tudo do zero com um filho tão pequeno.
A surpresa aumentou ainda mais quando a ultrassonografia revelou que Simone estava grávida de quadrigêmeos: uma gestação com duas placentas, uma contendo trigêmeos univitelinos e outra com um bebê adicional. O diagnóstico a levou a buscar um especialista imediatamente, e foi afastada do trabalho para fazer repouso em casa.
Apesar de uma gestação de alto risco, Simone não teve complicações graves, exceto o cansaço crescente. “Era quase sete quilos só de barriga!”, ela descreve, acrescentando que, no final, começou a perder peso.
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No 34º semana de gestação, Simone deu à luz a três meninas idênticas — Rafaela, Lorena e Carolina — e um menino, Gustavo. O parto mobilizou a equipe do hospital, com um pediatra e uma enfermeira dedicados a cada um dos quadrigêmeos. Simone descreve o momento como “mágico” e expressa gratidão pela experiência: “Hoje, agradeço a Deus por ter me escolhido para passar por isso. Foi difícil entender, mas agora me sinto privilegiada.”
A chegada dos quadrigêmeos trouxe uma nova realidade para Simone e Ricardo. Com a necessidade de dividir a atenção entre os quatro recém-nascidos e seus filhos mais velhos, Simone encontrou desafios diários. “Às vezes, os quatro começam a chorar ao mesmo tempo. Tento manter a calma para não passar o desespero para eles”, explica a mãe.
Três meses após o nascimento dos quadrigêmeos, Simone já se sente mais adaptada à nova rotina. No entanto, os desafios persistem, especialmente quando os bebês estão dormindo e os filhos mais velhos precisam de atenção. “Quando os quadrigêmeos dormem, penso que finalmente vou descansar, mas os outros dois começam a chamar”, diz.
Apesar da exaustão, Simone está grata e feliz com a nova fase de sua vida. “Hoje, agradeço por eles estarem na minha vida. Eles me fizeram muito bem como pessoa”, finaliza.
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