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Irmão de Luciano Huck revela que foi vítima de abuso duas vezes

Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck, revelou que foi violado duas vezes. Em depoimento publicado nesta quarta (31), o cineasta explicou os casos de violência que enfrentou e desabafou sobre as agressões vivenciadas pelos integrantes da comunidade LGBTQIA+. 

“Eu era um adolescente com traços bastante andróginos. Quando tinha 14 anos, durante uma festa em uma boate, homens me seguraram à força e penetraram meu â n u s com o dedo. Desde então, passei a anular o meu modo de ser: empostava a voz, para fazê-la mais grossa, e me reprimia na hora de caminhar, para parecer mais masculino”, comentou Grostein à Revista Piauí. 

Segundo o artista, o primeiro abuso ocorreu após uma reportagem da Globo sobre a sua paixão por flores. “Foi uma matéria linda sobre um menino que cultivava plantas para escapar da dor do luto. Fiquei feliz e orgulhoso, mas houve um efeito colateral: a reportagem virou a minha vida de ponta-cabeça. Passei a ser chamado de ‘florzinha’ na escola. A minha voz e meu jeito de andar foram alvos de piada”, recordou. 

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“Aos 28 [anos], fui violado mais uma vez, porém sobre este episódio não consigo falar ainda”, complementou Grostein, que também revelou ter sofrido assédio, ao ser forçado pelos amigos a transar com uma mulher para perder a virgindade. Ele também afirma que foi sequestrado por um garoto de p r o g r a m a quando não falava abertamente sobre a sua sexualidade. 

No relato ao repórter João Batista Jr., o cineasta adiantou detalhes do seu novo projeto, o documentário Quebrando Mitos, que narra detalhas da sua vida diante das atitudes preconceituosas de Jair Bolsonaro (PL). 

“Eram tantos descalabros, que a primeira edição do documentário causou forte repulsa em quem viu. Na única cena leve do filme, eu mesmo era o protagonista: aparecia contando como desenvolvi, aos 10 anos, o hábito de cultivar orquídeas para superar um luto”, afirmou. 

“Em dezembro do ano passado, quando refletia sobre se deveria mudar ou não a estrutura geral do filme, tive um colapso nervoso. Eu estava sem forças. Foi meu marido, o ator Fernando Siqueira, quem me encorajou a seguir em frente. Assim, o filme passou a ser sobre a minha história de vida, entrecortada pela trajetória de Bolsonaro, ou seja, misturando flores e amor com armas e balas. Praticamente joguei fora a montagem que tinha feito antes”, destaca. 

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