A cantora Anitta causou um alvoroço nas redes sociais ao admitir que procurou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de vir a público e declarar apoio ao petista nas eleições deste ano.
Em entrevista à imprensa portuguesa, a funkeira explicou que se ofereceu para ajudar o político em sua campanha para retornar ao Palácio do Planalto, com orientações sobre como turbinar a chapa petista nas redes sociais, além de afirmar que não é possível “ser querido por todos”. Segundo a cantora, ela “queria que fosse diferente, mas não dá para ser”.
“Conversei com o Lula inclusive antes [de declarar voto]. Falei: ‘Olha, Lula, eu nunca fui petista, nunca votei em você. Porém, nessas eleições, estarei ao seu lado, apoiando. Se quiser apoio em mídias sociais, que eu entendo bastante, TikTok, essas coisas, vou apoiar. Expliquei para ele a estratégia de marketing que eu acredito que funcione para virar”, declarou.
Na entrevista, Anitta afirmou que no atual cenário o que é possível fazer “é abrir os olhos das pessoas de que a única opção no momento é essa, que é o meu caso”.
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“Queria que fosse diferente, mas não dá para ser. No próximo ano, a gente luta pelos ideais que a gente acredita. Mas neste ano acho que a luta principal é manter um ambiente seguro para os LGBTQ, para as travestis, trans, para as outras religiões”, afirmou.
Adepta do candomblé, a artista citou os episódios de intolerância religiosa no Brasil, com atos de violência contra os praticantes de religiões de matriz africana: “Sou do candomblé, por exemplo. A quantidade de terreiros incendiados no Brasil, a intolerância religiosa. Acho que, primeiro, neste momento, a gente tem que lutar para isso. E aí na próxima eleição a gente pensa nos ideais que de fato a gente acredita”, completou.
Anitta declara voto em Lula
Bastante atuante nas eleições deste ano, Anitta declarou seu voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, poucos dias depois de dizer que ainda não sabia em que votar para presidente da República.
Embora tenha declarado apoio ao ex-presidente, a funkeira pediu para que o PT não use seu nome e imagem em campanhas, apesar dela própria ter publicado uma imagem com os símbolos do partido.
“Não autorizo o uso da minha imagem para promover este partido e seus candidatos. Minha escolha nessas eleições foi de trazer engajamento e mídia para a pessoa que tem maiores chances de vencer ‘Voldemort’ nessas eleições”, disse.
Voldemort é o vilão da saga de livros e filmes “Harry Potter” que serve de representação para as forças da trevas e para a intolerância maléfica e cujo nome acabou usado de forma pejorativa para se referir ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
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