Autor de Escrava Isaura, Celebridade e Vale Tudo, Gilberto Braga morre aos 75 anos (Foto: Instagram)
Ele lutava contra a síndrome de Alzheimer e, desde a última sexta (23), estava internado por causa de uma infecção causada após a perfuração de seu esôfago. (Foto: Instagram)
Vários famosos foram às redes sociais, na noite desta terça (26), para lamentar a morte do autor Gilberto Braga, aos 75 anos. (Foto: Instagram)
De acordo com o jornalista Ancelmo Gois, Gilberto, que sofria dE Alzheimer, estava internado no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. (Foto: Instagram)
Confira os famosos que se despediram dele: (Foto: Instagram)
Gloria Pires, atriz: “Gratidão eterna a Gilberto Braga e sua genialidade. Descanse em paz, querido” (Foto: Instagram)
Mouhamed Harfouch, ator: “Sem dúvida, Gilberto Braga foi um dos nossos maiores novelistas! São inúmeras novelas e personagens inesquecíveis, que marcaram gerações e estão em nossos corações. “Vale Tudo”, para mim, está entre as melhores novelas de todos os tempos e com a vilã mais icônica da história da TV: Odete Roitman! Não tive a honra de trabalhar com ele, mas tenho um registro com o mestre, quando foi me assistir no teatro uma vez. Vai fazer uma falta enorme…Meus sentimentos aos familiares e amigos. #ripgilbertobraga” (Foto: Instagram)
Camila Pitanga, atriz: “Gilberto, minha gratidão a tudo o que vivi com você e através de você, com suas palavras, sua genialidade, sua escrita inconfundível. Como atriz e espectadora, tenho uma coleção de boas histórias e alegrias. Descanse. @edgarmourabrasil, receba o meu mais sentido abraço” (Foto: Instagram)
Susana Vieira, atriz: “Perdemos mais um grande brasileiro que fazia o Brasil torcer e sonhar!!!! Parabéns por sua obra!!!” (Foto: Instagram)
Deborah Evelyn, atriz: “Que tristeza, que tristeza, que tristeza meu deus!!!! Gilberto tão querido, com quem eu ficava horassssss conversando sobre filmes, música, livros, viagens, (ele fazia as melhores malas de viagem que eu já vi), de quem eu adorava ouvir as histórias, com quem eu trabalhei tantas vezes, de quem ganhei personagens tãooo maravilhosos, de quem eu fui madrinha de casamento. (Foto: Instagram)
Patrícia Pillar, atriz: “Muito triste com a partida do meu querido amigo Gilberto Braga. Criador de grandes e inesquecíveis personagens que viverão pra sempre em nossos corações. Descanse em paz” (Foto: Instagram)
Paolla Oliveira, atriz: “Que notícia triste sua partida. O Brasil perde um pouco da magia de grandes personagens, vilãs icônicas e boas reflexões em frente à tv. Obrigada por fazer parte da minha história, Gilberto Braga! Descanse!” (Foto: Instagram)
Os autores Gilberto Braga e Glória Perez (Foto: Reprodução) (Foto: Instagram)
Tuca Andrada, ator: “Obrigado Gilberto Braga, vc me deu grandes personagens e sou muito grato. Era muito fácil e prazeroso dar vida a tudo q vc escrevia pois eram personagens bem acabados e escritos c paixão. Boa viagem e até um dia” (Foto: Instagram)
Zezé Motta, atriz: “Querido Gilberto, você me presenteou com o papel que marcou a minha história na TV Brasileira. Graças a você pude viver a Sônia em Corpo a Corpo, personagem que é lembrada até hoje. Foi um divisor de águas. Em 1984, graças a você falamos de segregação racial em horário nobre. (Foto: Instagram)
Marcelo Médici, ator: “Mestre da teledramaturgia brasileira e mundial, quem teve a sorte de acompanhar ao vivo novelas como Dancing Days, Água Viva e Vale Tudo, entre outras, sabe da capacidade que ele tinha de absorver e retratar a contemporaneidade como poucos. Um gênio. Bravo Gilberto Braga” (Foto: Instagram)
Morreu na noite desta terça-feira (26), aos 75 anos, o autor Gilberto Braga, responsável por novelas de sucesso como Escrava Isaura (1976), Vale Tudo (1988), Pátria Minha (1994) e Celebridade (2003), entre muitas outras obras que fizeram história na Globo. Ele lutava contra a síndrome de Alzheimer e, desde a última sexta (23), estava internado por causa de uma infecção causada após a perfuração de seu esôfago.
Sobrinho do escritor, Bernardo Araújo afirmou ao site G1 que o tio tinha desenvolvido outros problemas de saúde nos últimos anos, como a hidrocefalia, e também enfrentou cirurgias na coluna, no coração. Ele ainda apresentava dificuldade para caminhar.
Braga, casado com o decorador Edgar Moura Brasil desde 2014, faria aniversário na próxima segunda-feira (1º). Apesar de demorarem a oficializar a união, os dois viviam juntos há mais de quatro décadas.
Em 2008, Gilberto Braga foi indicado ao Emmy Internacional por seu trabalho em Paraíso Tropical (2007), atualmente reprisada no canal Viva. Seu último folhetim na Globo, porém, não fez jus ao auge de seu trabalho: em 2015, ele assinou com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga a novela Babilônia, um dos maiores fracassos da Globo na faixa das 21h.
Carreira de sucesso
Nascido no bairro de Vila Isabel, na zona norte do Rio de Janeiro, Gilberto Braga começou sua carreira como crítico de teatro. Estreou na Globo em 1972, quando escreveu uma adaptação do romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas (1802-1870). Em parceria com Lauro César Muniz e Janete Clair (1925-1983), escreveu sua primeira novela original em 1974: Corrida do Ouro.
Na sequência, Braga se especializou em adaptar livros clássicos para a televisão, com o auge em 1976, quando escreveu Escrava Isaura, um dos maiores sucessos internacionais da Globo.
Sua primeira novela das nove –na época ainda chamada de novela das oito– foi Dancin’ Days (1978), uma trama que arrebatou o público com a saga das irmãs Yolanda (Joana Fomm) e Júlia (Sônia Braga), que disputavam a atenção e o afeto de Marisa (Gloria Pires).
O escritor assinou outros grandes sucessos como Água Viva (1980), Louco Amor (1983), Anos Dourados (1986), Anos Rebeldes (1992), Celebridade (2002) e Paraíso Tropical.
Um de seus trabalhos mais bem-sucedidos foi Vale Tudo (1988), escrito em parceria com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. A novela, que discutia se valia a pena ser honesto no Brasil e retratava de forma ácida o jeitinho brasileiro, fez o país parar com tramas cativantes e um grande mistério: quem matou Odete Roitman (Beatriz Segall)? A personagem é até hoje considerada uma das maiores vilãs da dramaturgia nacional.