Em novo depoimento prestado ao delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Deolane Bezerra Santos afirmou acreditar que Victor Elias Fontenelle, o MC VK, e Jhonatas Augusto Cruz teriam induzido não intencionalmente a morte de cônjuge, o cantor Kevin Nascimento Bueno, o MC Kevin, na noite de 16 de maio.
Na ocasião, a advogada afirma que os amigos colocaram o funkeiro em “posição de medo irreal”, pelo risco de ser flagrado pela amada com Bianca Dominguez, o incitando a sair pela varanda do quarto 502 de um hotel na orla da Zona Oeste e, assim, assumindo o risco pela morte do artista.
Deolane procurou a delegacia após o advogado Danilo Garcia de Andrade, que representa Bianca, informar que enviaria ao Ministério Público do Rio um documento com sete páginas e 115 itens que teriam sido lembrados pela modelo sobre o episódio. Segundo ele, teria havido uma briga “acalorada” e “com gestos bruscos” entre MC Kevin e MC VK pela possibilidade de a advogada, hospedada na suíte 1305, estar chegando. Os dois estariam em pé, indo para a varanda, e o desentendimento, garantiu o advogado, teria motivado o funkeiro a passar as pernas pelo parapeito.
No depoimento de Deolane, a advogada afirmou que MC VK e Jhonatas – a quem se refere como aproveitadores e “sangue-sugas” do sucesso de MC Kevin – provavelmente queriam ter relações íntimas com Bianca, mas não tinham dinheiro para pagar. Eles, então, de acordo com a advogada, teriam inventado que ela estava chegando para que o funkeiro deixasse o quarto. “Acredita que o que realmente ocorreu tenha sido uma brincadeira de péssimo gosto entre os envolvidos”, diz um trecho do documento.
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Deolane afirma ainda que a discussão entre MC Kevin e os dois amigos teria tido início porque o rapaz teria pedido ao amigo para deixar o quarto. A advogada afirma que seu nome fora usada pelos rapazes e que, “no quadro de uso de drogas e álcool e de falta de cognição de Kevin”, o funkeiro pode ter tentado se esquivar transpondo as sacadas dos apartamentos 502 e 402, “vindo a perder seu apoio, gritar por socorro e cair”. Deolane reiterou que o cantor era usuário de drogas sintéticas em festas.
Sobre toda essa mudança, o delegado Leandro Gontijo reiterou que agora os dados serão comparados para definir os rumos da investigação: “O caso vinha sendo tratado até então como um acidente. No entanto, uma das testemunhas agora aponta para a possibilidade de induzimento ao suicídio. Teremos então uma conclusão a partir das provas técnicas – explicou o delegado”, pontua.
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