“Os militares dizem que discutiram comigo hipóteses de 142, de estado de sítio, estado de defesa. Eu discuti, sim […] Eu sempre joguei dentro das quatro linhas. O que está dentro da Constituição você pode utilizar”, afirmou o ex-presidente. (Foto: Agência Brasil)
Bolsonaro ainda ressaltou que “o artigo 142 pode ser usado por qualquer um dos poderes, não necessariamente o Executivo”, embora o texto constitucional determine que as Forças Armadas atuem “sob a autoridade suprema do Presidente da República”, que é o chefe do Executivo. (Foto: Agência Brasil)
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou na quinta-feira (21) após ter sido indiciado pela Polícia Federal por três crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
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O partido alega graves suspeitas envolvendo os dois em um suposto plano de assassinato de autoridades e tentativa de golpe de Estado. (Foto: Facebook)
“Não há argumentos plausíveis para que eles estejam em liberdade. Segundo a PF [Polícia Federal], eles podem estar envolvidos em um plano de assassinato de autoridades públicas e de golpe de Estado”, declarou Erika Hilton em suas redes sociais. (Foto: Facebook)
O inquérito investiga a tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro para Lula em 2022. (Foto: Instagram)
A fala foi a primeira de Lula após o indiciamento de Bolsonaro e outros 36 envolvidos pela Polícia Federal (PF), ocorrido na semana anterior, e após a revelação de trechos do relatório sigiloso da investigação. (Foto: Agência Brasil)
O documento, que resultou no indiciamento de 37 pessoas, teve o sigilo retirado, expondo detalhes sobre a suposta participação de Bolsonaro. (Foto: Facebook)
“Há robustos elementos de prova que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid”, destaca o texto da PF. (Foto: Facebook)
Bolsonaro afirmou não ter conhecimento de planos que visassem prender ou assassinar o presidente eleito Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes
A declaração foi dada à imprensa no Aeroporto Internacional de Brasília, após seu desembarque. (Foto: Instagram)
“No meu entender, nada foi iniciado. Não podemos começar agora a querer punir o crime de opinião, ou o crime de pensamento”, disse Bolsonaro. (Foto: Instagram)
Em conversa com apoiadores em Alagoas, Bolsonaro questionou a veracidade da investigação, afirmando que não houve sinais de golpe, como a presença de soldados nas ruas ou prisões. (Foto: Instagram)
Ele acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a Polícia Federal (PF) de inventarem uma “narrativa” para deslegitimar seu governo. (Foto: Instagram)
Bolsonaro ataca Alexandre Moraes: ‘Faz tudo o que não diz a lei’.
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Mais adiante, na entrevista, Bolsonaro afirmou que vai esperar orientações do seu advogado para fazer mais comentários sobre o indiciamento. O conteúdo do indiciamento ainda está sob sigilo.
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Bolsonaro optou por atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator do caso.
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Com isso, Bolsonaro conversou com o repórter do portal “Metrópoles” e depois postou a entrevista em seu perfil na rede social X.
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Entre os indiciados está o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que teria participado de uma reunião sobre o golpe com Bolsonaro.(Foto: Instagram)
“Ele fala que queria matar o Bolsonaro também. Então, você não pode pegar uma investigação e dizer: ‘só isso aqui vale e isso aqui não vale’. Há um desequilíbrio emocional e psicológico perceptível nas ações que levam ao extremo. O extremo nunca vai ter bom senso, nunca vai tomar uma decisão republicana, nunca será capaz de dialogar, e é isso que precisamos combater”, afirmou Celina Leão. (Foto: Agência Brasil)
A declaração ocorreu durante a cerimônia de posse do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como secretário Nacional de Relações Institucionais e Internacionais do Partido Liberal (PL). (Foto: Agência Brasil)
“E talvez eu possa (ir) lá acompanhado da esposa na posse dele. Se ele não convidar, tem seus motivos. Acredito que seja convidado. Bem, quem vai ver se eu vou não é sua excelência [ministro] Alexandre Moraes”, disse Bolsonaro.(Foto: Agência Brasil)
“Desejo felicidades a Donald Trump. E que não esqueça o Brasil. O Brasil depositou muita esperança na sua eleição, Trump. Uma mulher brasileira pediu a você que não permita que os Estados Unidos virem o Brasil, e eu complemento: não deixe o Brasil virar uma Venezuela. Peço que nos ajude, Trump, a não deixar o Brasil virar uma Venezuela. Sua liderança é muito importante para a liberdade”, afirmou Bolsonaro. (Foto: Agência Brasil)
Em entrevista ao colunista Paulo Cappelli, Bolsonaro pediu que Trump ajude o país a evitar um destino semelhante ao da Venezuela. (Foto: Agência Brasil)
Para Bolsonaro, Trump, a quem chamou de “guerreiro”, conquistou “uma vitória épica”. “Hoje, testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro. Contra tudo e contra todos, Donald Trump voltará à presidência dos EUA (…). Parabéns, meu amigo, por esta vitória épica”, escreveu Bolsonaro. (Foto: Agência Brasil/ Facebook)
Entre esses, destaca-se o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), que também demorou a parabenizar Joe Biden pela vitória há quatro anos. (Foto: Agência Brasil/ Facebook)
O ex-presidente Jair Bolsonaro revelou, na quinta-feira (28), em entrevista à Revista Oeste, ter debatido com militares das Forças Armadas a possibilidade de decretar estado de sítio, estado de defesa e o uso do artigo 142 da Constituição para uma eventual ação militar.
“Os militares dizem que discutiram comigo hipóteses de 142, de estado de sítio, estado de defesa. Eu discuti, sim […] Eu sempre joguei dentro das quatro linhas. O que está dentro da Constituição você pode utilizar”, afirmou o ex-presidente. Bolsonaro ainda ressaltou que “o artigo 142 pode ser usado por qualquer um dos poderes, não necessariamente o Executivo”, embora o texto constitucional determine que as Forças Armadas atuem “sob a autoridade suprema do Presidente da República”, que é o chefe do Executivo.
A declaração ocorre em um momento delicado, em que Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por suspeita de participação em um plano golpista, que teria incluído, entre outras medidas, a eliminação do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Defesa da anistia e críticas ao indiciamento de deputados
Bolsonaro também usou a entrevista para defender a aprovação de uma anistia aos investigados por tentativa de golpe. Embora não tenha especificado quem seriam os beneficiados, ele reiterou sua posição de perdoar os envolvidos nas invasões às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano.
“Se quiserem pacificar o Brasil, Lula e Alexandre de Moraes têm que se posicionar a favor de uma anistia […] zera o jogo daqui para frente”, declarou.
Além disso, Bolsonaro elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por criticar o indiciamento de dois parlamentares federais, acusados de fazerem discursos no plenário contra um delegado da Polícia Federal. Lira argumentou em favor da imunidade material dos discursos parlamentares, afirmando que, sem ela, “o plenário estaria sujeito a limitações e censura, comprometendo a atividade parlamentar”.
“Digo para os cem deputados que tenho na minha rede do zap [WhatsApp] prestigiarem o Arthur Lira, elogiarem ele”, comentou Bolsonaro.
Episódio na embaixada da Hungria
O ex-presidente também comentou sua estadia na embaixada da Hungria em Brasília no início do ano, onde passou duas noites. Na ocasião, ele teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal para evitar uma possível fuga do país.
“Eu fui para conversar, tinha que conversar lá”, afirmou Bolsonaro, acrescentando em tom irônico: “Eu não sabia que precisava de passaporte para entrar em embaixada.”
A declaração sobre o episódio reflete as tensões políticas e legais que cercam o ex-presidente desde o início do ano, em meio às investigações e ao impacto das ações golpistas.