Segundo o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, a importação de arroz a preços subsidiados poderia desestimular produtores nacionais e aumentar a dependência externa. (Foto: Agência Brasil)
Ele argumenta que isso seria prejudicial ao setor produtivo brasileiro, cooperativas e indústrias, levando a uma redução na área de plantio no próximo ano e maior dependência de um produto importado de qualidade inferior e custo igual ou superior ao nacional. (Foto: Agência Brasil)
“A decisão é anular esse leilão e proceder a um novo, mais ajustado, para contratar empresas que possam entregar arroz de qualidade pelo melhor preço”, afirmou Pretto. Não há data definida para o novo leilão. (Foto: Agência Brasil)
Um dos principais responsáveis pelo aumento no custo da cesta foi o arroz. Entre abril e maio, o preço médio do arroz aumentou em 15 capitais, com variações de 1,05% em Recife até 16,73% em Vitória. (Foto: Agência Brasil)
Durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Fávaro disse que está prevista, ainda para esta quarta-feira (29), a publicação do edital que estipula um prazo de 90 dias para a primeira compra de arroz sem os tributos de importação que chegam, segundo ele, a 12% – o que garantirá melhores preços, bem como o abastecimento do produto. (Foto: Agência Brasil)
O leilão tem como objetivo garantir o abastecimento de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da oferta nacional do produto. (Foto: Agência Brasil)
Na primeira medição, realizada no dia 15 deste mês na capital paulista, constatou-se que o preço do saco de arroz de um quilo variou de R$ 7,51 a R$ 8,38. O quilo do arroz integral apresentou variação de R$ 7,92 a R$ 8,44. (Foto: Agência Brasil)
A oferta do alimento nos mercados, assim como a variação dos preços, será analisada semanalmente pela entidade. (Foto: Agência Brasil)
“O objetivo da portaria não é concorrer com os produtores gaúchos. O governo não seria insensível a ponto de criar uma concorrência e baixar o preço do arroz para o produtor. Queremos tranquilizar os produtores em relação a isso. Teremos uma medida provisória em breve que trará benefícios aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul”, declarou Fávaro durante a APAS SHOW, maior evento de bebidas e alimentos das Américas, realizado no Expo Center Norte, em São Paulo. (Foto: Agência Brasil)
“Sabemos que o Rio Grande do Sul tem safra suficiente para atender o Brasil, mas há problemas de infraestrutura e prazos. Temos que ter uma política pública holística, olhando para o Brasil como um todo, sem desprestigiar ou baixar o preço do arroz para os produtores. Mas também não podemos permitir que o preço suba exageradamente na mesa do cidadão devido à especulação”, afirmou o ministro. (Foto: Agência Brasil)
Fávaro explicou que a importação do arroz foi motivada para evitar desabastecimento e alta nos preços para o consumidor, já que 70% do arroz consumido no Brasil é produzido no Rio Grande do Sul, que enfrenta as consequências das fortes chuvas. (Foto: Agência Brasil)
“O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e será vendido ao consumidor por um preço máximo de R$ 4 por quilo”, afirmou Edegar Pretto, presidente da Conab. (Foto: Agência Brasil)
No primeiro leilão, marcado para a próxima terça-feira (21), serão adquiridas até 104.034 toneladas de arroz da safra 2023/2024. (Foto: Agência Brasil)
Hoje, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o arroz importado pelo governo chegará ao consumidor brasileiro pelo preço máximo de R$ 4 por quilo. (Foto: Agência Brasil)
“Temporariamente, temos o risco da especulação devido ao desabastecimento, por isso estas são medidas cautelosas. Nos próximos dias, os produtores de arroz terão medidas de incentivo. O governo está agindo de forma comedida, mas com total transparência e com um olhar para o futuro dos produtores brasileiros”, acrescentou o ministro. (Foto: Agência Brasil)
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) considerou acertada a anulação do leilão público para a compra de arroz importado, devido à falta de necessidade de importação para abastecer o mercado interno. O leilão, realizado pelo governo, foi anulado na terça-feira (11) por dúvidas sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras.
Segundo o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, a importação de arroz a preços subsidiados poderia desestimular produtores nacionais e aumentar a dependência externa. Ele argumenta que isso seria prejudicial ao setor produtivo brasileiro, cooperativas e indústrias, levando a uma redução na área de plantio no próximo ano e maior dependência de um produto importado de qualidade inferior e custo igual ou superior ao nacional.
Velho destacou que os produtores brasileiros não conseguem competir com o preço subsidiado de R$ 4 por quilo prometido pelo governo para o arroz importado. Ele defende o uso de recursos para apoiar os produtores nacionais, evitando benefícios a produtores estrangeiros.
A Federarroz afirma que não há risco de desabastecimento, com um aumento na área plantada e na produção esperada para 2024, além de uma redução nas exportações. A estimativa do IBGE aponta uma produção de 10,5 milhões de toneladas de arroz em 2024, um crescimento de 2% em relação a 2023.
Uma reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz está marcada para esta quinta-feira (13) para discutir uma posição unânime do setor contra a medida governamental.
O Ministério da Agricultura e Pecuária defende o leilão como parte da política de estoques reguladores para evitar especulação de preços após a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Um novo processo será realizado para a compra do cereal, sem data prevista.
Nesta quarta-feira (12), o presidente da Conab, Edegar Pretto, determinou a abertura de um processo de averiguação dos fatos relacionados ao leilão e solicitou análises da CGU e da Polícia Federal para garantir transparência e segurança jurídica.